Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

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Na tarde da última segunda-feira, um aluno do sexo masculino foi impedido de assistir aula na E. E. Aída Ramalho porque estava usando um vestido, típico traje feminino. O fato logo viralizou nas redes sociais, trazendo as mesmas discussões acerca da ditadura heteronormativa.

É uma questão tormentosa, onde devemos deixar essa visão binária, de ser A ou Z, e tratar o assunto de forma ponderada.

Fato semelhante ocorreu na cidade de Governador Dix-sept Rosado há aproximadamente 10 anos, e também numa escola estadual. Um aluno chegou para a aula com trajes femininos e até maquiado, típica atitude cross-dressing. Logo se criou um grande tumulto na sala de aula, extensivo a toda a escola, com alunos vindos das outras salas para ver os trajes do colega

A diretora à época, dona Margareth Freitas, chamou o aluno a sua sala e pediu para ele voltar para casa e vestir trajes normais. Ela não tomou a decisão por ser homofóbica, mas sim porque o tumulto causado estava inviabilizando as aulas.

Não vi manifestação da diretora da escola em Mossoró, mas creio que a situação deve ter sido a mesma.

De outro modo, sou a favor da tolerância, sobretudo na escola, com todas as formas de crença, opção sexual, política etc. É neste momento da vida que somos apresentados a quem pensa diferente de nós e de nossos pais. O ensino da TOLERÂNCIA deve ser um dos pilares de toda a instituição de ensino, a fim de evitar a formação de adultos com incapacidade crônica de conviver com as diferenças.

O cartunista Laerte Coutinho, um dos mais criativos do país, praticante do cross-dressing desde 2010.

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