Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

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Há uns quatro meses eu conversava com o radialista Gilson Cardoso quando este me relatou um episódio “muito esquisito” que tinha acontecido com ele.

Na qualidade de vice-presidente do Baraúnas ele recebeu um telefonema de uma pessoa com sotaque carregado do sul. Essa pessoa disse que representava um grupo de estrangeiros que pretendia investir no Baraúnas. De início, Gilson se empolgou. Muito persuasivo, o interlocutor do Sul passou um bom tempo ao telefone, sem dizer claramente como seria esse “investimento”.

Já desconfiado, Gilson perguntou definitivamente do que se tratava, foi quando o interlocutor disse que a conversa tinha a ver com apostas e que para ganhar dinheiro o Baraúnas precisaria perder jogos quando fosse o favorito. O vice-presidente então encerrou a conversa ali, dizendo que jamais negociaria algo assim.

Quando ele me disse o ocorrido, pedi para publicar, mas ele não autorizou. Ficou com receio de que algo pudesse acontecer. Suspeitava que poderia ter gente grande e poderosa por trás.

Semanas atrás foi deflagrada a operação Game Over, que prendeu várias pessoas envolvidas em combinação de jogos, inclusive atletas e técnicos. Não há dúvida de que foram estas pessoas que procuraram o vice-presidente do Baraúnas para negociar placares em troca de vantagens pessoais.

O episódio trouxe para o currículo do radialista um atestado de honestidade, que merece ser reconhecido pela população. Caso tivesse cedido à tentação, hoje estaria sendo crucificado pela sociedade. Gilson agiu de forma honesta, escorreita. Não traiu seus princípios.

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