Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

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O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, determinou a quebra dos sigilos fiscais e bancários do senador José Agripino (DEM), do deputado federal Felipe Maia (DEM) e de mais 14 pessoas. O pedido foi feito pelo procurador geral da República, Rodrigo Janot.

Conforme Janot, o senador potiguar recebeu vantagens financeiras indevidas para eliminar alguns entraves que a construtora OAS estava encontrando para construir o estádio Arena das Dunas, em Natal. O procurador também fala em lavagem de dinheiro. Constam fortes indícios de que o senador usou sua influência para facilitar a vida da OAS, e isso lhe rendeu vantagens financeiras.

Instigado a falar sobre o assunto, o senador disse que no decorrer do processo restará provada sua inocência.

Apesar de atualmente não ser mais o queridinho da imprensa, Agripino ainda é uma das vozes eloquentes da oposição, sempre defendendo uma gestão proba, reta e transparente; e sempre esbravejando contra o governo diante de qualquer acusação de corrupção etc. Apresenta-se como um dos pilares morais e da nação.

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Ainda sobre os políticos potiguares, o ex-deputado Henrique Alves (PMDB) foi parado esta semana, na madrugada, numa blitz da Lei Seca. Instado a fazer o teste do bafômetro, o ministro escusou-se. O comandante da operação, capitão Styvenson, conhecido pela rigidez e dureza em situações como esta, agiu como uma Smurfette. Liberou o ex-deputado sem fazer nenhum alarde, procedimento que ele jamais tomaria se se tratasse de um cidadão comum.

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Dia desses, eu conversava com um amigo sobre a dor de ver um familiar sofrer por meses e até anos com uma doença incurável. Ele me relatou algo interessante. Disse que seu pai sofria de uma doença muito agressiva, sem perspectiva de cura. Certo dia ele procurou o médico e disse que podia tirar seu pai da UTI que ele o levaria para passar os últimos dias em casa. De início, o médico disse que na UTI seu pai ainda viveria muito, o que não aconteceria se ele fosse pra casa. Esse meu amigo, de forma sábia e forte, disse que não achava justo seu pai, que já não tinha chances de cura, ocupar o leito de alguém que ainda poderia se salvar.

Seu gesto de grandeza foi muito elogiado pelo médico e pela equipe médica. A iniciativa foi boa inclusive para o paciente, que teve o direito de passar seus últimos dias ao lado dos familiares, e não preso a um leito de hospital. Uma decisão dessas não é fácil, mas, às vezes, é a melhor a ser tomada.

A Medicina mesmo já reconhece que algumas doenças não valem a pena ser tratadas, é o caso dos cânceres de pâncreas e de cérebro. No caso do primeiro, ele mata 75% dos pacientes no primeiro ano e até 94% em cinco anos. O segundo tem percentagens semelhantes. Por mais que se trate, estes números não se alteram. Assim, há médicos que não recomendam o tratamento, por ser muito agressivo e, diante de alguns casos, inútil. Alguns causam mais sofrimento do que a própria doença. Além do mais, a cultura do querer curar tudo se torna muito danosa a um sistema de saúde público e universal.

A decisão, repito, também beneficia o paciente, que pode ter um mínimo de qualidade de vida nos seus últimos momentos, vivendo ao lado da família e de amigos.

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O final se semana será de decisões nos estaduais. Pelo Estadual do Rio de Janeiro, Vasco x Flamengo e Fluminense x Botafogo fazem as duas semifinais, em jogo único. O empate favorece o Vasco e o Fluminense, respectivamente. Está pintando uma final Vasco x Fluminense.

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Em evento ocorrido em Assu-RN, o governador Robinson Faria (PSD) fez rasgados elogios ao prefeito Ivan Júnior (PSB). Disse que Ivan foi o melhor prefeito da história de Assu. Na ocasião, foi muito aplaudido pelos presentes. O evento foi a entrega de 396 casas populares.

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Uma resposta

  1. Parece que vamos ao sexto tricampeonato estadual da história (2014 – 2015 – 2016), mas o futebol brasileiro dá sinais de estar nos estertores; ser goleado em Copa do Mundo como mandante numa competição em fora declarado franco favorito é decepção para anos e anos, e acena para fim de linha.

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