Até segunda-feira à noite eu acreditava que a decisão do impeachment na Câmara dos Deputados seria um Fla x Flu, com muitos momentos de emoção, torcidas organizadas e placar inesperado.

De ontem para cá, todavia, vi que o afastamento da presidente Dilma Rousseff é quase certo. A debandada do PP (47 deputados) e do PRB (21 deputados) para as fileiras dos que defendem a saída da presidente praticamente selou a decisão. E ainda tem o PSD, que caminha para seguir o mesmo rumo dos dois partidos citados.

Assim, muito em breve, pela terceira vez desde a redemocratização, o PMDB assumirá a cadeira presidencial sem ter sido eleito para tal. A primeira vez foi com o maranhense José Sarney, em 1986, que assumiu após o falecimento – antes da posse – do presidente eleito Tancredo Neves. A segunda vez foi com Itamar Franco, em 1992, que assumiu após o impeachment de Fernando Collor.

A assunção de Temer à cadeira presidencial traz uma esperança aos potiguares, vez que o ex-ministro Henrique Alves é um dos seus principais aliados. Não há dúvida de que ocupará um lugar de destaque no governo federal, o que poderá nos trazer algo de positivo.

OBS. O afastamento da presidente só ocorrerá após decisão do Senado Federal.