Ontem, em entrevista ao radialista Agenor Melo, da RPC, o reitor da UERN, Pedro Fernandes, disse que não tinha nenhuma previsão de quando a greve da instituição findaria. Disse ainda que fez vários cortes para que o aumento pleiteado pelos professores, de 12%, fosse implantado, e que mostrou os gráficos comprovando o objetivo alcançado aos órgãos do governo, mas ainda assim não houve nenhuma resposta positiva.

O reitor demonstrou na entrevista que tem vontade de resolver o problema, mas que não tem forças suficentes, vez que a UERN não tem autonomia financeira. O que estava ao seu alcance ele fez. Queixou-se ainda, mesmo que de forma sutil, do Ministério Público, que diante deste problemão, fica enviando ofício para o reitor garantir acessibilidade, podar árvores etc.

Diante da importância da UERN para Mossoró e região, o governo não deveria tratá-la com desdém. É assim que vejo. O governador dá sinais de que não está nem aí para a importante instituição de ensino. Caso ele se importasse com a UERN, ou atenderia o pleito dos grevistas (o que acho o mais justo) ou pediria no Judiciário a ilegalidade da greve, cortando o ponto. Não faz nem um e nem outro, demonstrando total desinteresse em resolver a questão. Abandonou o caso.

Para completar, algumas autoridades e a imprensa da capital também criticam a UERN, dizendo que ela representa um gasto desnecessário. Lamentável.

Enquanto isso, os alunos são os mais prejudicados.