Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

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A Superinteressante que está nas bancas traz uma matéria bem esclarecedora sobre o Facebook, a maior rede social do mundo, com 1,4 bilhão de cadastrados. A reportagem revela os mecanismos que a rede usa para monitorar os usuários e usá-los como cobaias de vários experimentos. Também traz alguns estudos que foram feitos por cientistas tendo como base os usuários da rede.

Pesquisadores de duas universidades da Bélgica, por exemplo, recrutaram 82 usuários do Facebook para realizarem testes com eles durante duas semanas. A conclusão do estudo foi chocante: “Quanto mais tempo a pessoa passava no Facebook, mas infeliz ficava”. Não houve consenso quanto ao porquê disso acontecer, mas a tese mais defendida foi a de que o uso do Facebook provoca inveja subliminar. Como a maioria das pessoas só postam coisas boas no Facebook (viagens, casamentos felizes, conquistas na carreira etc), quem vê aquilo se sente menor.

Outro estuda revela que os jovens de hoje têm 40% menos empatia que os jovens de três décadas atrás, isso porque na internet você pouco se importa com os problemas alheios, e tal conduta tende a repercutir no meio social real. A internet, e especialmente as redes sociais, estão fazendo as pessoas ficarem mais insensíveis.

A matéria ainda traz que a percentagem de suicídios entre adolescentes aumentou 36,7% entre 2000 e 2012, o dobro da percentagem das outras faixas etárias. Não há nenhum estudo que comprove a relação direta deste dado com a internet, mas há de se reconhecer que é uma coincidência considerável. O período é justamente o de ascensão das redes sociais e a faixa etária é a que mais usa a internet.

A segunda parte da matéria é reveladora. O jornalista mostra que os likes (curtidas) podem ser manipulados facilmente pelo Facebook, basta você pagar por isso. Ele criou duas páginas, ambas com nomes aleatórios que mesclavam letras e números, tipo uma senha. Em nenhuma das duas ele colocou conteúdo. Na segunda, contudo, ele clicou no link “promova sua página”, tendo então gerado um boleto com o valor de R$ 70,00. No dia seguinte ao pagamento, sua página, de nome ilógico e sem conteúdo, recebeu 184 curtidas. A outra página, que tinha o mesmo padrão ilógico, continuou com zero curtidas.

No desenrolar da matéria ele cita exemplos de grandes empresas que compram “curtidas” e da pesquisa que fez junto aos usuários que tinham curtido aquela página ilógica. Tudo muito interessante. Vale muito a pena ler antes de fazer seu próximo login no Face.

OBS. Omiti neste post o trecho da matéria onde o jornalista revela, com base em estudos, de que forma o Facebook monitora a vida dos usuários. Não julguei este trecho relevante, vez que já há muitas matérias sobre isso. Não é nada novo, apesar de a revista trazer elementos concretos sobre este monitoramento.

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