Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

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Na sua coluna do último domingo n’O Mossoroense, Gilson Cardoso, que escreve sobre a mídia local, lamenta que alguns colegas usem o aplicativo WhattsApp como fonte de informação. Ele está coberto de razão. Quem usa o aplicativo sabe que ele é repleto de boatos e fuxicos que não condizem com a realidade dos fatos. Trata-se apenas de um modo mais moderno de divulgar lendas como a da “loira do banheiro”, do “bebê que nasce e sai voando”, além de direitos e fatos inexistentes.

Neste fim de semana, por exemplo, correu a informação de que a presidente Dilma Rousseff havia tentado o suicídio.

Inadmissível que um profissional da imprensa divulgue algo baseado unicamente no que viu no WhattsApp. Isso é o extremo da falta de profissionalismo, do amadorismo.

Das redes sociais mais conhecidas, a melhor indicada para quem busca informações é o Twitter. É a rede mais útil para quem gosta de se atualizar das últimas notícias.

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Quem estuda história e literatura sempre soube da existência de uma carta onde Mário de Andrade revela sua homossexualidade ao também escritor Manuel Bandeira. Ela foi escrita em abril de 1928. Seu exato teor, entretanto, nunca foi revelado, isso por pedido da família de Mário. A carta era mantida a sete chaves na Fundação Casa Rui Barbosa.

Na última quinta-feira (18), todavia, a Fundação liberou a carta para exposição, isso após uma determinação da Controladoria-Geral da União, que se alicerçou na Lei de Acesso à Informação. Desde então historiadores e críticos literários fazem análises sobre o trecho onde Mário sugere à bandeira que é homossexual. Li e posso afirmar que não há revelação explícita, apenas indireta, como neste trecho (mantida a escrita original):

Não adiantava nada pra mim porquê em toda vida tem duas vidas, a social e a particular, na particular isso só me interessa a mim e na social você não conseguia evitar a socialisão absolutamente desprezível duma verdade inicial. Quanto a mim pessoalmente, num caso tão decisivo pra minha vida particular como isso é, creio que você está seguro que um indivíduo estudioso e observador como eu, ha-de estar bem inteirado do assunto, ha-de te-lo bem catalogado e especificado, ha-de ter tudo ‘normalisado’ em si, si é que posso me servir de ‘normalisar’ neste caso”.

 Homossexual ou não, Mário de Andrade nunca deixará de ser um dos maiores expoentes da Escola Modernista Brasileira. A revelação de sua preferência sexual não altera em nada seu valor para a literatura nacional, apesar de já ter homofóbicos querendo que ele seja “apagado” da história. Uma lástima.

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Os bancos estão tirando seus caixas eletrônicos de supermercados e postos de combustíveis. A tendência é que fiquem apenas os caixas da rede “24 Horas”.

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Daqui a pouco, às 8h, o prefeito inicia mais uma edição do projeto Meu Bairro Melhor. Desta vez a localidade beneficiada será a Baixinha, no Abolição I. O lançamento será na Praça Saturnino José de Morais, a famosa Praça da Baixinha.

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PATRONOS DE RUAS. Saturnino José de Morais. Natural de Apodi, seu Saturno Caeira, como era conhecido, estabeleceu-se como comerciante em Mossoró, inicialmente no Mercado Central e depois no bairro Doze Anos. José Morais de Lima, um de seus três filhos, fundou a tradicional Casa Morais. Seu Satrunino morreu em 1937, aos 36 anos. A Casa Morais é mantida pelo neto que leva sua nome, pessoa conhecida e querida em toda a cidade.

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Uma cédula de R$ 1,00 já está sendo negociada a R$ 5,00 entre colecionadores. E se ela levar as assinaturas de Pedro Malan ou Gustavo Loyola o valor chega a R$ 200,00.

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