“Tudo é água”, disse o filósofo Tales de Mileto, por volta do Século VI a.C. Ele chegou a conclusão que este elemento unia tudo aquilo que existe no mundo. Ele tinha razão, e seu pensamento continua atual no que pertine à importância deste elemento, formado por duas moléculas de hidrogênio e uma de oxigênio.
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Já cansei de ouvir que se vive sem energia elétrica, mas não sem água. Ela é vida.
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Da água do mundo, 97,5% é salgada e 2,5% é doce. Da água doce, 69% está nas geleiras, 29,5% nos aquíferos, 1% nas nuvens e umidade do solo, e 0,5% em rios e lagos. Impressionante pequena a quantidade de água doce em rios e lagos.
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A geografia não ajuda – O Rio Amazonas é o maior do mundo em volume de água. Dos 50 maiores rios do mundo, 11 estão no Brasil. Nosso problema é a dificuldade de distribuir esta água. As pessoas moram longe dos reservatórios, e cadeias montanhosas impedem que a água seja levada dos grandes rios para outras regiões do país.
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Exportar carnes pode contribuir para equilibrar nossa balança comercial externa, mas é um péssimo negócio para a natureza. São necessários 15.500 litros de água para produzir um único quilo de carne bovina. Em 2013, foram gastos 112 trilhões de litros de água para produzir a carne que exportamos (1,5 milhão de toneladas). Será por isso que os países desenvolvidos preferem comprar nossa carne a produzir internamente?
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O consumo humano representa 10% do total. A maior percentagem da água disponível vai para a agricultura: 72%. A indústria responde por 7% e a pecuária por 11%. Em tempos de crise, a indústria está sendo instada a fazer reúso de água.
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DISTRIBUIÇÃO – Apesar do enorme potencial hídrico, o Norte responde por apenas 3,5% da água consumida no país. A região Sudeste, maior consumidora, fica com 62% da água disponível. O imenso Nordeste responde por 14%, enquanto o Sul fica com 15,5% da água. A população mal abastecida do Nordeste chega a 82%, enquanto no Sudeste este percentual é de 61%.
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Tratamento de esgoto – 61,76% dos domicílios brasileiros possuem tratamento de esgoto. Em São Paulo, o percentual é de 78,4%; já no Maranhão é de apenas 1,4%. O correto tratamento de água evita várias doenças, em especial a diarreia. No ano passado foram 400 mil pessoas infectadas, as quais custaram R$ 140 milhões ao SUS. O valor poderia ser evitado. Segundo especialistas, para cada US$ 1 investido em saneamento, US$ 5 são poupados na área de Saúde.