Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

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I – O Partido dos Trabalhadores é muito sabido, inegavelmente. Desde que Lula da Silva ascendeu ao Planalto, em 2003, o partido usa muito bem o marketing para promover seus programas sociais. Eles pegam ações corriqueiras de administrações e a elas dão nomes. Explico: Todo governo realiza obras, mas ninguém nunca tinha dado um nome a isso. O PT reuniu as obras que pretendia fazer – como todo governo faz – e deu a elas o nome de PAC, e então passou a difundir esta expressão, abusando da publicidade. – Puxa, ninguém teve esta ideia antes.

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II – O Pronatec é outro exemplo da esperteza petista, usando o chamado Sistema S (Sesi, Senai, Sesc, Senac…). O então Ministro de Educação, Fernando Haddad, proibiu as escolas do Sistema S de cobrarem matrículas e mensalidades dos alunos, alegando que a cobrança contrariava a legislação. A FIESP, que comanda o sistema, tentou demover o ministro da ideia, lançando mão de todo o tipo de argumento, mas o ministro não aceitou.

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III – Houve então uma audiência entre representantes do governo e da Fiesp. O ministro começou dizendo – taxativamente – que todos os cursos deveriam ser gratuitos. Depois de muita discussão chegaram a um consenso: A Fiesp poderia cobrar em 33% dos cursos, mas em outros 67% ela deveria ceder as salas e equipamentos para o governo promover cursos profissionalizantes. Assim nasceu o Pronatec. Desse jeito é bom, né?

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IV – O governo agiu de forma similar para determinar o piso salarial de várias categorias profissionais. Ocorre que em muitos casos o pagamento cabe aos estados e municípios. O Governo Federal fica bem na fita e os Estados e Municípios – sem condições de cumprir os valores impostos – ficam como vilões.

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V – Trouxe apenas alguns casos da sabedoria petista, há muitos outros. Usam muito bem o marketing e a legislação em seu favor.

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4 respostas

  1. Prezado Erasmo,

    Quem lê a postagem e não busca um pouco da história, pode chegar a pensar que os governos de Lula e Dilma vivem apenas de marketing e não fazem nada diferente dos outros governos, o que não é verdade.
    Dar nome a programas não foi uma invenção dos governos de Lula e Dilma. A diferença é que esses governos tiveram e têm mais e melhores programas, em todas as áreas.
    Nos idos dos anos 70 e 80 do século passado, existiam, de outros governos, os programas MOBRAL e PROJETO LOGOS II.
    Com Lula e Dilma, surgiram vários e melhores projetos e programas na área da educação, citando como exemplos apenas PROUNI, FIES, PRONATEC, EJA – EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS, CIÊNCIA SEM FRONTEIRA, além das extensões em quantidades gigantescas de Institutos Federais de Ciência e Tecnologia (antigas Escolas Técnicas) e Universidades públicas.
    Além disso, passou-se a ter uma melhor valorização dos profissionais do magistério público.
    Na área do ensino infantil, nos idos de 1970 (finalzinho) e 1980 (primeiros anos) existia o PROJETO CASULO, que morreu por ineficiência dos governos.
    Nos governos Lula e Dilma, criaram-se vários programas voltados à educação infantil, sendo realidade a construção de várias creches-modelo (cujo programa tem um nome, que agora não me lembro).
    O senador “bem informado” (diferente de nós) José Agripino Maia, quando era governador do Estado, criou o PROGRAMA PAU AMARELO, que levava energia elétrica a famílias de baixa renda apenas da zona urbana. O programa durou pouco tempo.
    Nos governos Lula e Dilma, em parceria com governos estaduais, foi criado o PROGRAMA LUZ PARA TODOS, que expandiu o serviço de energia elétrica para todos os cantos recantos do País, de forma mais ampla e mais eficiente.
    O então governador do Rio Grande do Norte Garibaldi Alves Filho criou, se não me falha a memória, o PROGRAMA DO LEITE, que foi bem sucedido no governo dele, foi mantido nos governos de Wilma de Faria e Iberê Ferreira de Souza e entrou em declínio no governo de Rosalba Ciarlini Rosado, muito embora ainda funcione.
    Nos governos federais militares, em parceria com governos estaduais, dos quais nomino os de Lavoisier Maia e José Agripino Maia (o bem informado), não havia programas permanentes de combate aos efeitos da estiagem. Chegado o período de seca, criava-se aquelas vergonhosas FRENTES DE EMERGÊNCIA, e, ao invés de cidadãos, os potiguares se transformavam em cassacos.
    Financiamentos do governo através dos Bancos do Brasil e do Nordeste só eram destinados a ricos e grandes fazendeiros, que deixavam de pagar tais empréstimos porque os políticos conservadores de sempre logo aprovavam uma lei anistiando as dívidas. Isso era prática comum.
    De quebra, nós, pobres do sertão semiárido (e aí me insiro, porque passei por isso) recebíamos feijão preto velho e duro, farinha de péssima qualidade e arroz que mais parecia bagaço. Isto, sim, era esmola.
    Nos governos de Lula e Dilma, são muitos os programas definidos como ESTRATÉGIAS DE CONVÍVIO NO SEMIÁRIDO, tais como PRONAF, Agricultura Familiar, Feira Agroecólogica e Solidária (a aí cito Janduís, Messias Targino, Patu, dentre outros), PROGRAMA DE CISTERNAS, PROGRAMA DE BARRAGENS SUBMERSAS, e vários outros.
    Fiz um comparativo breve, citando alguns programas de outrora e alguns de agora, para enxergarmos que, de fato, os governos Lula e Dilma fizeram e fazem muito em prol da cidadanida e da dignidade humana e, ao contrário, não vivem de marketing. Seus governos são de muito trabalho.

  2. Com renovado entusiasmo, carimbo e assino embaixo as bem colocadas palavras do colega Alcimar Antônio de Souza, e, digo mais, em nenhum outro período da nossa história republicana um governo foi tão perseguido, tão massacrado e tão vilipendiado pela nossa venal e golpista mídia, como o governo do PARTIDO DOS TRABALHADORES.

    O fato se revela absolutamente incontestável, àqueles que ainda temam em desacreditar, por favor, procurem se informar longe da televisão e dos jornalões golpistas , e leiam o que está disponível na internet, através de blogs e portais minimamente isentos quando da análise de fatos e acontecimentos econômicos, políticos e administrativos que dizem respeito ao atual governo.

    Mesmo porque, no âmbito da chamada grande e monopolizada imprensa, o que infelizmente se constata, é que, tanto no âmbito municipal, estadual e, sobretudo no âmbito federal, as matérias jornalísticas, no mais das vezes são produzidas sob encomenda e de maneira escrachada, manifesta e criminosa, pois os ditos jornalista integrantes do PIG, fazem questão de manipular, mentir e torpedear a realidade factual, mais ainda, só reportam e só mostram aspectos negativos das administrações petistas, ignorando olimpicamente qualquer trabalho, qualquer obra por maior e melhor dimensão coletiva que as mesmas tenham com relação à melhoria das condições de vida do nosso povo.

    A grande mídia, o chamado ”quarto poder” tem vários interesses politico-econômico- partidários. Ela foi chamada, muito apropriadamete de PIG – Partido da Imprensa Golpista, A expressão foi popularizada pelo jornalista Paulo Henrique Amorim em seu blog Conversa Afiada, mas, segundo ele, foi inspirada em um discurso do deputado petista Fernando Ferro. Amorim, quando utiliza o termo, escreve com um i minúsculo, em alusão ao portal iG. De acordo com ele, até políticos teriam passado a fazer parte do PIG: “O partido deixou de ser um instrumento de golpe para se tornar o próprio golpe”.

    Nesse conte4xto, oportuno sublinhar que o povo brasileiro não lê, e,basicamente procura se informar através da mídia televisiva, e aí se perfectibiliza e se consuma o perigo da desinformação, deturpação e manipulação dos fatos e da realidade, sobretudo de ordem política e econômica, se potencializam, mesmo porque, sabidamente, os interesses da grande e monopolizada mídia, sempre e sempre têm passado ao largo dos dos interesses da maioria sofrida, excluída e marginalizada do povo brasileiro.

    O mais são abobrinhas disseminadas pelos incautos, alienados de plantão e , claro os de má fé, os quais infelizmente não são poucos.

    Um baraço

    FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.

  3. Senhores Alcimar Antonio de Souza e FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO, comentários lúcidos, esclarecedores.

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