Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

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I – Até dia desses a frase mais ouvida no Rio Grande do Norte e no Brasil era “imagine na Copa”. Com o evento em andamento ela deixou de ser dita. No RN, ela ganhou uma substituta de peso, a “Eu não voto em Henrique de jeito nenhum”. É impressionante. Pessoas de todas as classes sociais, níveis intelectuais e de todos os lugares repetem tal frase. Virou um mantra potiguar. Seu principal oponente, Robinson Faria (PSD), ri à toa. Ele poderá assumir o governo não porque a população o quer, mas sim porque não quer Henrique de jeito nenhum. Assim, qualquer um no lugar de Robinson Faria seria favorecido pela rejeição maciça ao eterno deputado.

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II – O nome de Henrique Alves (PMDB) é associado a uso da política para favorecimento próprio, unicamente. A população não consegue encontrar um benefício que os cento e poucos anos de mandato do deputado na Câmara trouxe para o Rio Grande do Norte. Ele é muito bom em negociatas, em lutar por cargos, cargos, cargos, cargos…

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I – A descriminalização do consumo da maconha é apenas uma questão de tempo. Muitos países já permitem o consumo recreativo da erva e outros estão analisando essa possibilidade. A discussão é mundial, e aos poucos os países vão liberando seus cidadãos para consumirem maconha para fins NÃO medicinais.

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II – Nos Estados Unidos, algumas unidades da Federação já descriminalizaram o consumo da maconha, e ganharam bastante com isso, inclusive financeiramente. O Estado do Colorado vem arrecadando quase R$ 5 milhões por mês com tributos sobre a venda da droga, quantia esta que, por lei, está sendo investida em Educação.

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III – No Brasil há um eterno debate sobre o assunto, com forte resistência de grupos religiosos, mas a tendência é que – a médio prazo – o consumo recreativo seja permitido, aumentando assim a arrecadação dos órgãos públicos. O consumo existe, é hipocrisia negar, então é melhor que seja legalizado, pois assim gera empregos legais e riquezas.

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IV – A atual legislação brasileira não pune o usuário, mas como o texto é muito vago, cabe aos operadores da lei dizerem se a quantidade encontrada com o portador sugere consumo próprio ou tráfico. No Colorado (EUA), cada consumidor pode comprar 28 g de maconha, o que dá para 28 baseados grandes. É preciso estipular uma quantia, coisa que a legislação pátria não faz.

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A Câmara Municipal de Mossoró divulgou ontem o índice de produtividade dos vereadores da Casa durante o primeiro semestre deste ano. Os números divulgados apontam Celso Lanches (PV) como o vereador que mais apresentou proposições – 167 – neste ano. Vingt-Un Neto (PSB) ocupou a segunda colocação com 163 proposições, enquanto seus colegas Genivan Vale (Pros) e Narcizio Silva (PTN) vieram em seguida com, respectivamente, 161 e 160 proposições.O menos produtivo foi Lucélio Guilherme (PTB), com 41 proposições.

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Quando perguntam ao ministro dos Esportes, Aldo Rebelo (PCdoB), o que será feito dos estádios depois da Copa do Mundo, sobretudo daqueles em cidades onde não há clubes na primeira ou segunda divisão, como Manaus e Brasília, ele responde que nestes locais realmente não há times da primeira divisão, mas há torcedores da primeira divisão. Deste modo, Flamengo, Corinthians etc irão jogar nestes estádios e assim consegui mantê-los. É o que ele tem dito.

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I – Só as criancinhas de cinco anos ainda acreditam nessa história mal contada de que Mossoró foi a primeira cidade do Brasil a abolir a escravidão. É pacífico que o título cabe à cidade de Redenção (CE), que libertou seus 116 escravos em 1883, cinco anos antes da Lei Áurea. Por tal ato, a cidade, de 27 mil habitantes, recebeu a primeira universidade federal para alunos de outros países de língua portuguesa, como Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde e Moçambique.

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II – São mais de 1.500 alunos com diferentes costumes e hábitos, o que torna a cidade multicultural. Redenção tem ainda diversos prédios e monumentos que aludem ao fato de ela ter sido a primeira cidade do Brasil a abolir a escravidão. Mossoró não é nem lembrada pelos órgãos oficiais quando se trata deste assunto.

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O mandato do vereador Alex do Frango (PV) aprovou na Câmara dos Vereadores de Mossoró o Programa Inclusão Digital, que irá permitir a gestão municipal implantar políticas públicas de fornecimento de internet gratuita em diversos espaços da cidade. O Corredor Cultural será o primeiro equipamento a receber o Programa através do Projeto Rio Branco Digital. O município deverá disponibilizar à população sinal de internet através do sistema Wi-Fi, Rede Wireless, em toda a extensão do Corredor Cultural, ao longo da Avenida Rio Branco.

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A imprensa mossoroense amanheceu mais leve, menos contaminada pela venalidade, desfaçatez e mau-caratismo.  Os leitores se libertaram de textos viciados, mentirosos e deturpadores. Que outros também peçam penico. Mais uma maçã podre fora da caixa.

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3 respostas

  1. Nem uma pista sobre a maçã podre que anoiteceu e não amanheceu? quem é o sujeito, colorau? dá uma dica.

  2. “O homem que se vende recebe sempre mais do que vale.”Barão de Itararé
    Às vezes[?] quando alguns; jornalistas/colunistas/blogueiros escrevem sobre “traições” na política local lembro-me disto:”Mas o pacífico Peixoto, que decerto a maioria excitava, exclamou lívido:
    – O desprezo de um homem de bem poderia magoar-me, o desprezo de um traidor.só me regozija!
    Triunfante réplica de Alípio Abranhos:
    – Traidores são os que vendem a sua pena e fazem de um jornal um prostíbulo!” Eça de Queiroz, in ‘O conde d’Abranhos’ P.S. Éh, parece que além das prostitutas e de alguns[?]político há outros “profissionais” e posições que tem seu “preço”.

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